segunda-feira, 28 de julho de 2014

ELEFANTE BRANCO

Elefante Blanco









































































































































































































































Gênero: Drama

Duração: 105 min

Ano de Lançamento: 2012 (Argentina, Espanha e França)

Direção: Pablo Trapero




Elenco Principal:



Ricardo Darín (Julián)
Jérémie Renier (Nicolás)
Martina Gusman (Luciana)
Miguel Arancibia (Capataz)
Diego Baretta (Franciscano)
Federico Benjamin Barga (Monito)
Esteban Díaz (Chato)
Pablo Gatti (Sandoval)
Walter Jakob (Cruz)












O padre Julián aparece nas primeiras cenas realizando um exame cerebral.
O que parece ser um tumor capaz de abreviar a vida do pároco, o faz pensar em um substituto para a ingrata tarefa que abraçou.
Segue até um vilarejo no Amazonas a fim de resgatar o padre Nicolás, amigo e único sobrevivente de um massacre a um povo que ele tentava auxiliar.
Julián leva Nicolás para a favela argentina onde vive na companhia de outros amigos. 
O grupo de voluntários tenta manter um projeto de moradias para os habitantes locais que vivem em estado de miséria, próximos ao que teria sido o maior hospital da América Latina.
A obra abandonada recebera o apelido que inspirou o título ao filme.













Conclusão (spoilers):


No que diz respeito ao novo projeto, a história parece se repetir: as verbas para os trabalhadores, assim como o material, não chegam e os operários ameaçam deixar a construção. 
Políticos e os próprios poderosos do clero não parecem dispostos a mudar a situação. 
Para aumentar a tensão, os dois principais traficantes da comunidade guerreiam por seus pontos de venda.
Os padres se envolvem nestes dois piores problemas.
Nicolás, sem poder resistir aos votos do celibato, envolve-se com a assistente que cuida diretamente da obra.
Os religiosos ajudam ainda jovens moradores a se livrarem das drogas. 
Um deles, apelidado de "macaquinho'', torna-se pivô do conflito e responsável indireto pela prisão de um dos chefões do tráfico.
Cansada de esperar os recursos prometidos, a população invade a obra, de onde é expulsa com violência pela polícia.
Numa noite em que tentam conduzir um garoto ferido a um hospital, Julián é assassinado pelos guardas que buscavam na favela o pequeno traficante.
Nas cenas finais, o povo homenageia o querido missionário. 
Nicolás chora a morte do amigo ao lado da ''namorada''.

Conhecidíssima realidade da Latinoamérica.







MERCEDES SOSA, A VOZ DA AMÉRICA LATINA

Mercedes Sosa: La voz de Latinoamérica

































































Grandes artistas da música gravam depoimentos sobre a vida e a carreira da espetacular cantora argentina. 
Respondendo a perguntas feitas por seu filho, figuras como Fito Páez, Pablo Milanés, Milton Nascimento, David Byrne e León Gieco e ainda amigos íntimos e seus dois irmãos, revelam fatos biográficos desta que é a representante maior da luta pela democracia em seu país e nos países vizinhos, que enfrentavam repressão similar.
Os pais, os dois companheiros, o sucesso, o exílio em Paris ao lado de amigos como Atahualpa Yupanqui e Astor Piazzolla, a depressão e o retorno quase ao final da vida.
Coragem, emoção à flor da pele, voz incomparável.





















(Piazola e Mercedes)




















Astor Piazzolla (primeio à esquerda), Atahualpa Yupanqui (centro), 
José Pons (“Pepe” Pons, anfitrião), Mercedes Sosa, Jairo, Laura Escalada 
e Jacqueline Pons (anfitriã) , juntamente com alguns amigos em Abril de 1983.





Depoimentos:


Chico Buarque de Hollanda
Elba Bustelo
David Byrne
Luz Casenave
Maria Herminia Miñano Cerna
Josefina De Medici
León Gieco
Víctor Heredia
Fabian Matus
Pablo Milanés
Milton Nascimento
Juan David Nasio
Teresa Parodi
Isabel Parra (filha de Violeta)
Jacqueline Pons
Fito Páez
Antonio Rodríguez
José Segovia
Cacho Sosa
Chichi Sosa
Flora Strozenberg
Alfredo Troncoso





quarta-feira, 23 de julho de 2014

O CHAVEIRO

El Cerrajero











































Ficha Técnica:


Gênero: Drama

Duração: 77 min

Ano de Lançamento: 2014 (Argentina e França)


Direção e Roteiro: Natalia Smirnoff
































Música: Alejandro Franov

























Fotografia: Guillermo Nieto

Direção de Arte: María Eugenia Sueiro

Figurino: Julio Suárez





Elenco Principal:


Esteban Lamothe (Sebastian)
Erica Rivas (Monica)
María Onetto (Fabiana)
Yosiria Huaripata Banda (Daisy)
Sergio Boris (José)
Luis Ziembrowski (Juan)
Arturo Goetz (Mario)
Ricardo Truppel (Oueño)







A história se passa durante um período em que a cidade de Buenos Aires é coberta por uma névoa branca, de causas desconhecidas.
Sebastián, um chaveiro obcecado por caixinhas de música, é surpreendido pela notícia de que a namorada está esperando um filho. 
Como ele não costuma entregar-se a compromissos muito sérios, descobre sem nenhuma surpresa, que a moça dividira suas atenções com outro companheiro.



























Conclusão (spoilers):

Tendo como causa não se sabe ao certo se a situação inusitada que atravessa ou a fumaça misteriosa, o solitário profissional passa a ser surpreendido por revelações sobre a vida íntima de seus clientes. Enquanto conserta as fechaduras faz algumas afirmações somente conhecidas por eles.
Amantes são descobertos assim como erros do passado e conselhos sentimentais.
Durante uma visita, comenta que a empregada, Daisy, deve deixar o namorado violento.
A moça abandona o patrão e termina hospedada na casa de Sebas.
Os dois passam a conviver e o chaveiro simula o tal "dom'' que a princípio o irritava, para conduzir as atitudes da moça.
Convencido por uma de suas intuições de que afinal o filho esperado pela garota é mesmo dele, tenta convencê-la a manter a gravidez. 
Mas não chega a tempo.
Daisy decide-se por outro rapaz e o abandona.
Acreditando que as fechaduras inspiram os estranhos pressentimentos, ele vai agora dedicar seu tempo à confecção dos objetos sonoros que tanto o inspiram.
O filme é curto e bem feito, mas acredito que a boa ideia poderia ter sido melhor aproveitada.








sábado, 19 de julho de 2014

UM DIA MUITO ESPECIAL

Una giornata particolare










































Ficha Técnica:


Gênero: Drama Histórico

Duração: 106 min

Ano de Lançamento: 1977 (Itália  e Canadá)


Direção: Ettore Scola




Roteiro: Ettore Scola, Ruggero Maccari e 
Maurizio Costanzo


Música: Armando Trovaioli




Fotografia: Pasqualino De Santis

Direção de Arte: Luciano Ricceri e Ezio Di Monte

Figurino: Enrico Sabbatini




Elenco Principal:



Sophia Loren (Antonietta Taberi)







Marcello Mastroianni (Gabriele)






John Vernon (Emanuele Taberi)






Françoise Berd (Concierge curiosa)






Patrizia Basso (Romana Taberi)
Tiziano De Persio (Arnaldo Taberi)
Maurizio Di Paolantonio (Fabio Taberi)
Antonio Garibaldi (Littorio Taberi)
Vittorio Guerrieri (Umberto Taberi)
Alessandra Mussolini (Maria Luisa Taberi)









































































No início da Segunda Guerra Mundial (mais precisamente no histórico 8 de maio de 1938), o diabólico ditador alemão chega à Itália fascista para uma ''visita''.
O povo se prepara para recepcioná-lo e vai às ruas para comemorar sua chegada e ouvir os discursos inflamados por seus interesses infames.
Antonieta cuida do marido fascista e machista e de seis filhos que despertam para acompanhar a multidão naquele dia.
Sozinha e pronta para enfrentar todas as tarefas da casa, a exausta dona de casa entra em contato com Gabrielle, um vizinho também solitário, para tentar salvar seu papagaio que voou para sua janela.











Conclusão (spoilers):

Os dois passam o dia juntos, conversando sobre suas vidas.
A curiosa figura é alvo das fofocas de uma senhora moradora do imenso condomínio, que aponta a homossexualidade do ex-radialista.
Ainda que tenha esta informação confirmada por ele próprio, Antonieta não desiste de tentar um contato mais íntimo com o novo conhecido.
E é o que acaba acontecendo no apartamento vazio de Gabrielle.
A mulher volta para seu lar a tempo de receber seus familiares e retomar sua tediosa e laboriosa vida. Mas os sentimentos e as novas ideias despertadas pelo contato intenso já querem modificar as atitudes da mulher simples e de pouca instrução.
À noite, pela janela, observa Gabrielle deixando o apartamento na companhia de dois homens e levando consigo seus pertences. Tem então a certeza do negro período que seu país enfrentaria a partir dali.
Durante todo o filme, podemos ouvir os ruídos do celebrado evento: discursos, bombas e uma transmissão radiofônica.
Influenciada pelo marido e pelo surto fanático da época, Antonieta coleciona fotos de soldados e eventos de guerra e não pode aceitar o pensamento contrário ao partido fascista que percebera em Gabrielle. 
Contudo, a orientação sexual do personagem é tratada com inteligência: Em determinada cena, após Antonieta tentar beijar o estranho no terraço do prédio em que vivem, ele confirma que prefere homens. Num impulso, ela lhe acerta uma bofetada. Ouve então de Gabrielle a declaração de que para ela é mais certo uma mulher casada se entregar a um desconhecido do que sua forma de amar.
Muitas cenas antológicas de dois mitos da história do cinema.
Clássico.