Kirschblüten - Hanami(13/06)
Kirschblüten, Alemanha, 2008
http://www.kirschblueten-film.de/
[Percebi agora que não havia registrado este filme. Não é possível, pelo menos até onde eu saiba, trocar a ordem das postagens. Portanto entra aqui, embora a data.]
Bela fotografia desde as primeiras imagens.
"Efêmero" é a palavra que vem à mente em vários momentos do filme.
Trudi descobre que o marido tem poucos anos de vida. Ambos vivem tranquilamente no interior da Alemanha e têm seus três fihos vivendo em outras cidades. Decide então fazer de seus dias finais, os melhores possíveis, viajando para a capital, onde vivem dois filhos, e querendo levá-lo à Tokio, onde vive o mais novo. Muitos sonhos dela, renunciados em função da família, apontam para a cultura japonesa: a dança, o teatro, as flores, a pintura, o Monte Fuji.
O casal passa então a lidar com o desprezo repugnante, a falta de tempo e de amor dos filhos, praticamente estranhos a eles. Frieza absoluta.
A namorada da filha, se mostrando mais humana, leva Trudi para uma apresentação do grande mestre Kazuo Ohno em Berlim.
Em uma viagem para o mar, quando o espectador imagina ter que assistir aos dias de solidão de uma esposa apaixonada, é ela quem amanhece morta. No momento da partida, vê a sim mesma numa cena de dança Butoh.
O que se passa a ver é um homem solitário e saudoso. Com um reconhecimento tardio de sua dedicação.
Ele decide então mostrar o Japão à esposa, levando (e vestindo) suas roupas aos passeios pelo Oriente.
"Efêmero" é a palavra que vem à mente em vários momentos do filme.
No encontro e amizade com uma garota que dança nas praças cobertas pelas fugazes flores de cerejeira, aprende a buscar dentro de si mesmo sua esposa que vive em outro plano. O reencontro com ela se dá na dança final, morrendo com suas roupas japonesas, seus sonhos e sua imagem, à beira de um lago, aos pés do Monte Fuji. Efemérides.
Belo.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
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