sexta-feira, 17 de outubro de 2014

HORAS DE VERÃO

L'heure d'été






































































































Hélène Marly, nascida com o sobrenome Berthier, reúne os três filhos em sua propriedade, à beira de um lago, durante verão francês.
Ela comemora seus 75 anos.
Adrienne, vive nos Estados Unidos com o namorado, Jérémie, com a esposa e os filhos, tenta se adaptar ao novo trabalho na China, e Frédéric, único familiar a viver em Paris, comemoram em volta de uma mesa no jardim.


























Na casa, trabalha a fiel cozinheira Éloïse, que por muitos anos testemunhou a vida de Hélène ao lado do tio, o artista plástico Paul Berthier.
O local é na verdade uma espécie de museu, onde além das obras do tio-avô de seus filhos, a senhora coleciona obras de outros pintores, esculturas, peças e móveis de autores famosos.
Preocupada com o destino do sítio, e principalmente da arte que ele abriga, chama Frédéric para uma conversa sobre o que fazer com o legado, depois de sua partida. Conhecendo os filhos e ciente de que vivem em outros países, prevê a venda da casa e preocupa-se com a coleção e com a preservação de suas memórias.



























Conclusão (spoilers):


Algum tempo depois, o irmãos se reunem, desta vez para despedirem-se da mãe. O assunto da casa vem à tona e, como Hélène previra em vida, os dois irmãos mais novos pretendem vendê-la e leiloar as obras de arte, para usufruírem do dinheiro arrecadado.
Memórias e novas descobertas a cada objeto que deixa as paredes e os armários. A história de um romance da mãe com o tio, insinuado por algumas pessoas, é confirmada a Frédéric por um velho amigo do casal.
Mas o tempo traz e exige mudanças e todas as lembranças materiais são retiradas no ambiente.
Éloïse recebe de recordação, um vaso onde por anos a fio colocara flores para agradar a patroa. Ela nem desconfia que leva descuidadamente para casa uma valiosa obra.
Adrienne anuncia seu casamento em Nova York e Jérémie, a decisão de se estabelecer na China.
Frédéric visita com a esposa o Museu d'Orsay, em Paris, vendo agora em exposição alguns móveis com os quais conviera. Para livrarem-se de alguns impostos, parte das peças foram doadas ao estado.
Nas cenas finais, seus dois filhos adolescentes organizam um festa na casa, agora vazia.
Som barulhento, bebidas, sexo e algumas drogas recreativas.
Caminhando com o namorado, em meio às cerejeiras, Sylvie, filha de Frédéric, recorda uma conversa com a avó, no verão, passeando e colhendo cerejas. Emociona-se e segue adiante para aproveitar a vida, a natureza e o amor de seus dias de juventude.
Belíssimo filme sobre a passagem do tempo, a transcendência dos objetos e dos momentos de amor. Ainda que proibidos.




























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