sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

IDA









































































Direção: Pawel Pawlikowski




Com:


 Agata Kulesza (Wanda)
Agata Trzebuchowska (Anna / Ida)


































Ida é chamada pela madre superiora do convento onde vive e descobre que tem uma única parente viva, sua tia, e que seria bom que a encontrasse antes de fazer os votos de pobreza que a vinculariam à vida de clausura. Parte para a cidade e numa primeira conversa, descobre-se judia.







































Desenvolvimento e Conclusão (spoilers):


Num segundo e mais calmo encontro, fortes fatos do passado vêm à tona. 
Assim como traços da personalidade da tia: Wanda é juíza e vive como uma mulher moderna, bebendo, fumando e saindo à noite em busca de diversão e parceiros sexuais. 
Decide por fim acompanhar a sobrinha para descobrirem juntas o que acontecera com sua irmã, desaparecida com o marido durante a Segunda Guerra. 
Na antiga casa que pertenceu aos pais de Ida, a história começa a criar forma: o casal de judeus se escondera na floresta com a filha Anna (verdadeiro nome da freira) e um garoto, filho de Wanda que na época partira para o front. 
O grupo é ajudado por um casal de vizinhos até que seu filho decide pôr fim à família escondida.
No presente, em troca de permanecerem nas terras das quais se apossaram, o tal filho assassino propõe revelar o local onde estão enterrados os familiares de Anna. 
Ela pergunta o porquê dela mesma não estar enterrada ali: seu irmão era circuncidado e seria facilmente identificado enquanto ela fora entregue ao padre local.








De volta à cidade, Anna/Ida decide manter seu velho plano e retornar ao convento.
Numa das cenas mais contundentes da temporada, Wanda se atira pela janela do apartamento onde mora, sem poder conviver com a tragédia de seu passado - especialmente por não ter conhecido o filho, covardemente morto quando ainda era uma pequena criança.
Ida retorna para organizar o local do suicídio e, talvez querendo seguir os conselhos da tia de não se submeter à vida no convento sem conhecer aquilo que evitaria pelo resto da vida, embriaga-se, fuma e se entrega ao amigo músico que conhecera durante a viagem.
Na cama, ela pergunta o que será deles agora e diante da proposta de uma vida comum, com alegrias e enfrentando problemas, ela espera o amanhecer, recoloca suas vestes de noviça e retorna para o lugar onde sempre viveu.
Ótimo filme rodado em preto e branco.































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