sexta-feira, 8 de abril de 2011

CONTRA CORRENTE

O romance entre dois homens parece ser mais difícil de acontecer em um vilarejo de pescadores. Homens e mulheres simples que seguem as orientações do padre local e se reúnem em missas, enterros, casamentos e festas.
Mesmo assim um pescador casado, com a esposa prestes a dar à luz seu primeiro filho, se envolve com um fotógrafo/pintor que está passando um tempo na bela praia peruana. Se encontram em trechos de praias desertas, em grutas e em uma obra abandonada.
Após uma cena submarina, o pintor começa a aparecer na casa do amante sem ser visto ou ouvido por ninguém, somente por ele mesmo. Logo o espectador deduz tratar-se de um fantasma. Percebendo que não pode ser notado, passam a caminhar de mãos dadas pela vila, cumprimentando os moradores, trocando olhares e carinhos e curtindo o recém-nascido, num sonho da situação ideal para viverem seu amor.
Até que os moradores, usando a casa vazia do morto para namoros e encontros, descobrem pinturas em que o pescador aparece nu. Logo a fofoca se espalha criando uma situação difícil para o casal.
Em determinada cena o espírito explica que só poderá deixar o local e descansar após o sepultamento de seu corpo. O pescador que o havia amarrado no fundo do mar para continuar o namoro, decide então assumir sua paixão e faz ele mesmo a celebração, na frente da família do morto, do padre e de alguns moradores.
Uma piada curiosa: os locais assistem na TV uma novela brasileira com Lauro Corona. A esposa comenta com vizinhas que até seu marido acha o ator um homem bonito. Depois de descoberto o namoro gay, em determinada cena o pescador assiste o ator brasileiro e ela muda de canal para um jogo de futebol.
Bons atores vivendo este drama contemporâneo com pitadas de latinidade exposta até na crença no mundo espiritual.
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